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Teresina - Piauí

“Gargalo histórico”, diz Sílvio Mendes sobre crise do transporte público

O Prefeito destacou investimento de R$ 1 bilhão e aponta necessidade de modernização nas linhas.

Durante entrevista concedida nesta sexta-feira (27), o prefeito Sílvio Mendes (União Brasil) tratou da crise no sistema de transporte público de Teresina, classificando o setor como um “gargalo histórico” da gestão urbana e revelando que a capital foi incluída em um estudo nacional financiado pelo BNDES, com previsão de investimento superior a R$ 1 bilhão.

“Teresina foi incluída nesse grupo de 21 regiões metropolitanas estudadas. Mesmo sem atingir mais os 40 mil usuários por linha, conseguimos manter a cidade no projeto. Quem ganhou o estudo da nossa região foi o engenheiro Santana, que, por coincidência, foi o responsável pelo nosso plano diretor anterior.”

Foto: Lucas Dias/GP1Sílvio Mendes
Sílvio Mendes

O prefeito lembrou que, no passado, 60% dos deslocamentos da cidade eram feitos por transporte coletivo. Atualmente, o índice é de apenas 11% a 12%, o que demonstra uma queda severa de eficiência e adesão ao sistema.

Reorganização do sistema, licitação e atualização do plano diretor

A gestão municipal pretende abrir uma nova licitação para atualizar o plano diretor de mobilidade urbana e, a partir dos resultados do estudo, definir o novo modelo de transporte para a capital. “Esse estudo vai nos dizer que tipo de sistema devemos ter. Ele propõe a ampliação da frota, recuperação das vias, inclusão de ônibus menores ou vans, com maior capilaridade para que o transporte passe mais próximo das casas das pessoas.”

Além disso, será avaliado o funcionamento das paradas de ônibus, muitas delas hoje abandonadas ou depredadas. Segundo Sílvio, a Prefeitura aguarda as diretrizes do estudo para saber quais estruturas serão recuperadas e quais substituídas.

Modelo de parada sustentável e com investimento privado

Sílvio Mendes também criticou o modelo anterior de licitação das paradas de ônibus, cuja execução ficou travada por decisões judiciais. Ele defendeu um novo formato de parceria público-privada, com privatização da instalação e exploração publicitária das estruturas, o que permitiria um modelo autossustentável.

“Tenho como referência a parada construída na gestão do Governo Federal, que não acumula água e é mais segura. O ideal é uma estrutura que ofereça segurança, conforto e não dependa apenas do poder público para manutenção.”

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