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Corrupção do INSS: deputado protocola novo pedido de impeachment do presidente Lula

Além disso, o parlamentar também pede a suspensão dos direitos políticos do petista por oito anos.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva é alvo de mais um pedido de impeachment protocolado na Câmara dos Deputados, desta vez em razão do recente escândalo bilionário envolvendo o INSS. A nova solicitação foi apresentada pelo deputado federal Evair de Melo (Progressistas-ES).

O parlamentar fundamenta o pedido com base no artigo 85 da Constituição Federal e nos artigos 6º e 9º da Lei nº 1.079/1950, que tratam dos crimes de responsabilidade atribuídos ao presidente da República.

Foto: Fábio Rodrigues-Pozzebom/Agência BrasilPresidente Lula
Presidente Lula

“A Lei nº 1.079, de 10 de abril de 1950, ao regulamentar essas disposições, tipifica como crimes de responsabilidade, entre outros: a violação do livre exercício dos Poderes (artigo 6º, incisos III e V); a omissão dolosa em responsabilizar subordinados por delitos funcionais ou atos contrários à Constituição (artigo 9º, inciso III); e o proceder de modo incompatível com a dignidade, a honra e o decoro do cargo (artigo 9º, inciso VII)”, justificou o deputado.

Evair de Melo argumenta que a descoberta de uma fraude superior a R$ 6,3 bilhões, por meio de descontos indevidos em contas de aposentados e pensionistas, envolvendo associações e centrais sindicais, constitui crime de responsabilidade. O esquema foi revelado pela Operação Sem Desconto, da Polícia Federal (PF).

“As provas reunidas demonstram a existência de uma sequência dolosa de atos administrativos, arquitetados para beneficiar entidades privadas ligadas diretamente a familiares do chefe do Executivo, em flagrante violação aos princípios constitucionais da legalidade, moralidade, impessoalidade e probidade administrativa”, afirmou o parlamentar.

Omissão do presidente

No requerimento, Evair também aponta o suposto envolvimento de um sindicato ligado ao núcleo familiar de Lula no esquema de fraudes em benefícios do INSS. Segundo ele, o principal favorecido seria o Sindicato Nacional dos Aposentados (Sindnapi), presidido por José Ferreira da Silva, conhecido como “Frei Chico”, irmão do presidente.

O deputado classificou o caso como revoltante e disse que ele expõe “a face mais cruel do patrimonialismo sindical e familiar enraizado no poder”.

“A omissão de Lula diante de um esquema criminoso liderado por seu próprio irmão é mais que cúmplice: é criminosa”, pontuou Evair. E concluiu: “o Brasil não pode continuar refém de um projeto de poder sustentado por sindicatos, apadrinhados e impunidade. É hora de dar um basta.”

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