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Teresina - Piauí

Valor ideal da passagem de ônibus em Teresina é de R$ 11, diz Setut

"A solução para a greve não resolve os profundos desequilíbrios financeiros", disse a entidade em nota.

O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) afirmou, por meio de nota divulgada nesta quinta-feira (15), que o valor ideal da passagem de ônibus na capital seria de R$ 11. A entidade alega queda na demanda e falta de subsídios do poder público.

A informação consta na nota em que o sindicato patronal comunica os termos do acordo firmado com o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Rodoviário do Estado do Piauí (Sintetro-PI), que pôs fim à greve dos motoristas e cobradores.

Foto: GP1SETUT de Teresina
SETUT

O Setut ressaltou que, mesmo com o empenho das partes para sanar a questão, a solução para a greve não resolve “profundos desequilíbrios financeiros e operacionais”.

“Atualmente, o sistema opera com: frota de 270 ônibus (queda de 30%) frente aos 400 veículos que circulavam antes da pandemia; queda de 60% na demanda de passageiros em comparação com 2019; tarifa pública congelada em R$ 4,00 desde 2019, enquanto a tarifa técnica atual e necessária supera R$ 11,00; déficit mensal persistente de aproximadamente R$ 4 milhões, mesmo com a manutenção do subsídio; e gratuidades que representam 40% das passagens diárias, sem que ocorra a devida participação financeira dos entes estaduais e federais”, diz a nota.

A entidade defende uma ampla revisão do modelo de financiamento do transporte, bem como a reformulação das políticas de gratuidade.

Leia na íntegra a nota do Setut:

O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT) informa que, na data de hoje, foi celebrado acordo, mediado pelo Tribunal Regional do Trabalho, com o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Rodoviário do Estado do Piauí (SINTETRO-PI), pondo fim à greve iniciada no dia 9 de maio de 2025.

Pelo acordo firmado, os trabalhadores receberão:

- Reajuste salarial de 6%, quando insistiam com as empresas em 15%;

- Elevação do auxílio-alimentação de R$ 500,00 para R$ 650,00 (aumento de 30%), quando insistiam com as empresas para R$ 900,00;

- Elevação do auxílio saúde de R$ 107,00 para R$ 125,00 (aumento de 16,87%), quando insistiam com as empresas para R$ 170,00;

O município de Teresina, por sua vez, assegurou a manutenção do subsídio atual destinado a manter o transporte público em condições de operar.

O SETUT reconhece o empenho de todas as partes para a construção de um entendimento que permitisse a retomada da normalidade dos serviços. No entanto, é preciso destacar que a solução para a greve não resolve os profundos desequilíbrios financeiros e operacionais que ameaçam a sustentabilidade do sistema.

Atualmente, o sistema opera com:

- Frota de 270 ônibus (queda de 30%) frente aos 400 veículos que circulavam antes da pandemia;

- Queda de 60% na demanda de passageiros em comparação com 2019;

- Tarifa pública congelada em R$ 4,00 desde 2019, enquanto a tarifa técnica atual e necessária supera R$ 11,00;

- Déficit mensal persistente de aproximadamente R$ 4 milhões, mesmo com a manutenção do subsídio;

- Gratuidades que representam 40% das passagens diárias, sem que ocorra a devida participação financeira dos entes estaduais e federais.

O SETUT reitera que a superação da crise exige muito além de soluções emergenciais.

É necessária uma ampla revisão do modelo de financiamento, a reformulação das políticas de gratuidades e a implementação de uma nova estrutura operacional para o transporte público de Teresina.

Sem essas medidas estruturais, novas crises serão inevitáveis, penalizando mais uma vez os trabalhadores, os clientes/usuários, as operadoras e a própria cidade.

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