Em um dos desdobramentos mais significativos desde o início do conflito entre Rússia e Ucrânia, os dois países iniciaram nesta sexta-feira (23) a maior troca de prisioneiros já registrada desde fevereiro de 2022. O anúncio foi feito pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por meio de sua rede social, a Truth Social.
“Uma importante troca de prisioneiros acaba de ser concluída entre a Rússia e a Ucrânia. Entrará em vigor em breve. Parabéns a ambas as partes pela negociação. Isso poderia levar a algo significativo?”, escreveu Trump, sem dar mais detalhes sobre o acordo.

A troca foi confirmada pelo Ministério da Defesa da Rússia, que informou o retorno de 270 militares russos e 120 civis, entre eles moradores da região de Kursk, capturados pelas Forças Armadas da Ucrânia. Em contrapartida, o mesmo número de militares e civis ucranianos foi libertado.
“Em 23 de maio, em conformidade com os acordos russo-ucranianos firmados em 16 de maio em Istambul, 270 militares russos, assim como 120 civis, foram devolvidos do território controlado pelo regime de Kiev”, afirmou a pasta russa da Defesa em comunicado oficial. Segundo autoridades russas, a operação de troca em larga escala deve continuar nos próximos dias. Moscou e Kiev já trocaram listas com mil prisioneiros de cada lado que serão incluídos nesse processo.
A negociação foi resultado do primeiro encontro direto entre representantes da Rússia e da Ucrânia em três anos, realizado no último dia 16 em Istambul, na Turquia. O encontro marcou um ponto de virada nas relações entre os dois países, que também discutiram um possível cessar-fogo e a realização de uma cúpula entre o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o líder russo, Vladimir Putin. Há expectativa de que uma segunda rodada de negociações diretas ocorra no Vaticano, embora as datas e a confirmação oficial por parte de Moscou e Kiev ainda não tenham sido divulgadas.
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