O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta segunda-feira (12) um decreto que visa reduzir os preços dos medicamentos no país. A medida, conhecida como política do "Preço da Nação Mais Favorecida", obriga as empresas farmacêuticas a venderem seus produtos nos EUA pelo mesmo valor praticado em mercados estrangeiros com preços mais baixos.
De acordo com o decreto, a alta dos preços dos medicamentos nos Estados Unidos ocorre porque as farmacêuticas oferecem descontos em outros países para garantir acesso a esses mercados, enquanto cobram preços elevados dos americanos para compensar essas perdas. O documento destaca que, embora os EUA representem menos de 5% da população mundial, são responsáveis por cerca de 75% dos lucros globais da indústria farmacêutica.

Trump, que anunciou a medida por meio de sua rede social Truth Social, afirmou em postagem que, "a partir de hoje, os Estados Unidos não vão mais subsidiar os cuidados de saúde de outros países — e não vamos mais tolerar o lucro excessivo e a exploração da Big Pharma".
O decreto estabelece que, em 30 dias, o secretário de Saúde e Serviços Humanos dos EUA deverá comunicar às empresas farmacêuticas os preços-alvo a serem praticados no país, com base nos valores mais baixos encontrados em mercados desenvolvidos. Caso as empresas não cumpram a determinação, o governo tomará medidas adicionais, incluindo:
- Permitir que os americanos adquiram medicamentos diretamente de países com preços mais baixos;
- Impor sanções a nações que estabeleçam preços baixos, prejudicando o mercado norte-americano;
- Investigar e punir práticas anticompetitivas na indústria farmacêutica.
O diretor dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH), Jay Bhattacharya, elogiou a iniciativa, considerando-a uma "medida histórica que deveria ter sido adotada há muito tempo". Segundo Bhattacharya, a medida resultará em preços mais alinhados com o que se espera em um mercado competitivo.
Robert Kennedy Jr., secretário do Departamento de Saúde, também ressaltou o compromisso de Trump em cumprir suas promessas. "Agora temos um presidente que é um homem de palavra, que tem coragem... ele não pode ser comprado, ao contrário da maioria dos políticos deste país — e está aqui defendendo o povo americano", afirmou Kennedy.
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