O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) viajou à Argentina pela primeira vez desde a posse do atual presidente, Javier Milei , para participar da cúpula do Mercosul e assumir a direção do bloco pelos próximos seis meses.
Durante o seu discurso, Lula disse que a prioridade do Brasil à frente do Mercosul é fortalecer o comércio dentro do bloco e com parceiros externos. O líder também reforçou a necessidade do bloco de se voltar para os países da Ásia, em meio a guerra tarifária entre os Estados Unidos e a China. “ É hora de o Mercosul olhar para a Ásia, centro dinâmico da economia mundial. Nossa participação nas cadeias globais de valor se beneficiará de maior aproximação com Japão, China, Coreia, Índia, Vietnã e Indonésia", afirmou o presidente.

Um acordo de livre comércio com a União Europeia e a EFTA até o final do ano também compõe os planos da nova gestão comandada pelo Governo do Brasil. As negociações do acordo com a União Europeia já se prolongaram por mais duas décadas, mas, segundo o presidente, o atual cenário internacional corrobora sua efetivação. Já o acordo com a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA, sigla que engloba Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça) está sendo revisado e deve ser divulgado em agosto. Caso entre em vigor, o acordo criará uma zona de livre comércio com quase 300 milhões de pessoas e um PIB combinado de mais de R$4,3 trilhões.
O presidente, que ainda não havia ido à Argentina desde a posse de Milei em dezembro de 2023, foi recebido pelo anfitrião da cúpula com um aperto de mão cordial. O líder argentino chegou a visitar o Brasil, em 2024, mas se reuniu apenas com o ex-presidente Jair Bolsonaro, sem contatar Lula.
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