O Supremo Tribunal Federal (STF) divulgou o conteúdo da acareação do tenente-coronel Mauro Cid e do general Walter Braga Netto, ocorrida nesta terça-feira (24), a fim de esclarecer inconsistências nas versões apresentadas em depoimentos dos réus, acusados de tentativa de golpe de Estado. Segundo a defesa de Braga Netto, o general chamou Mauro Cid de “mentiroso”.
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Também foi feita acareação com o réu Anderson Torres e o general Marco Antônio Freire Gomes. As acareações foram conduzidas pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do processo, e acompanhadas pelo ministro Luiz Fux e o procurador-geral da República, Paulo Gonet.

Segundo a ata da audiência, onde constam os depoimentos, os dois réus mantiveram as versões contraditórias sobre a reunião de militares na residência de Braga Netto em novembro de 2022 e sobre a entrega de dinheiro vivo para Mauro Cid.
“A contradição entre os réus permanece, uma vez que o réu colaborador [Mauro Cid] reafirma que o réu Braga Netto lhe disse que tentaria obter essa quantia de outro modo e que, posteriormente, teria entregue determinada quantia em dinheiro dentro de uma sacola de vinhos no Palácio da Alvorada. Por sua vez, o réu Braga Netto reafirma que, após a negativa do tesoureiro do PL não tratou mais desse assunto e que jamais entregou qualquer quantia em dinheiro para o réu colaborador”, diz trecho da ata.
Braga Netto chamou Cid de “mentiroso”
O advogado José Luís de Oliveira Lima, que representa a defesa de Braga Netto, disse que seu cliente chamou o Mauro Cid de “mentiroso” na audiência. A informação foi repassada à imprensa ao final da audiência, por volta do meio-dia, contudo, a declaração do general não foi registrada na ata.
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