Deputados da oposição na Câmara apresentaram quatro requerimentos questionando a viagem da primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja, à Rússia. Ela viajou para Moscou no dia 2 de maio em uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB), seis dias antes da chegada da comitiva oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Os requerimentos de informação são direcionados ao ministro da Casa Civil, Rui Costa. Eles foram apresentados pelos parlamentares Cabo Gilberto Silva (PL-PB), Evair Vieira de Melo (PP-ES), Capitão Alberto Neto (PL-AM) e Adriana Ventura (NOVO-SP). Os documentos apontam preocupações de ordem institucional, diplomática e financeira, questionando a economicidade do deslocamento, visto que a primeira-dama não possui cargo formal no governo.

Uma reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, que foi citada nos requerimentos, apontou que os gastos de Janja em viagens ultrapassaram R$ 1,2 milhão desde 2023. Outras questões apresentadas, além da justificativa, é o custo total da viagem, a fonte orçamentária das despesas, os critérios que determinaram a participação da primeira-dama em agendas autônomas e medidas para assegurar a transparência e fiscalização.
Agenda na Rússia
Conforme divulgado nos meios oficiais, a agenda de Janja na Rússia abrangeu atividades nas áreas social, educacional e cultural. Ela participou de encontros com a comunidade brasileira em Moscou e São Petersburgo, e visitou universidade e instituições culturais.
Além disso, a primeira-dama também participou de um evento sobre a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Essa viagem incluiu a visita ao Teatro Bolshoi, Museu Hermitage e a Catedral do Sangue Derramado, a convite do governo russo.
Segundo especialistas, as atividades ocorrem em momento estratégico para o Kremlin para fortalecer o apoio internacional até mesmo sobre a invasão da Ucrânia. Isso seria feito através da ampliação da influência cultural em países da África e da América Latina.
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